INAGBE: Relatório de auditoria do Tribunal de Contas confirma desvio de fundos públicos

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A Direcção dos serviços técnicos do tribunal de contas de Angola, por via do processo número 11/AUD/24-C, de 19 de Dezembro de 2024, confirma as informações postas a circular segundo as quais o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo, um órgão que se superintendente ao Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologias terá desviado avultadas somas de dinheiro durante o exercício económico de 2022.

No relatório daquela corte de justiça superior a que a reportagem do portal “O protagonista” teve acesso, lê-se que, para efeitos de contradita, fora notificado Kiafuca Maleta Diedone, chefe de departamento de bolsa de estudo externo para se defender do conteúdo constante do relatório elaborado pelos técnicos depois de findo o trabalho de auditoria feito àquele órgão sem que, no entretanto, informa se o requerido usou este direito que a lei lhe confere.

Na fundamentação teórica do relatório a equipa técnica informa que o INAGBE realizou despesas ao arrepio da lei, nomeadamente despesas em Bens e Serviços sem Suporte documental, efectuou compras de moeda estrangeira sem o cumprimento de formalidades indispensáveis, como o apenso de facturas, ofícios de viagens, despachos e bilhetes de viagens e outros documentos.

Em resumo e segundo as contas feitas pelo site Maka Angola, “no Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), há um buraco de mais de 21 mil milhões de kwanzas em transferências e pagamentos sem justificativos, realizados em 2022. Trata-se de um valor equivalente a mais de 35 milhões de dólares ao câmbio da altura”, destacou.

Por outro lado, prossegue o site “há 101 bolseiros, devidamente identificados, que continuam a receber pelo INAGBE mas não fazem parte das listas remetidas pelas universidades que acolhem os beneficiários. São os “bolseiros-fantasma”, pode ler-se.

Importa referir que o caso do INAGBE surge dias depois de se ter despoletado o “escândalo financeiro” ocorrido na AGT, envolvendo quadros séniores daquela autoridade dependente da ministra das finanças, Vera Dalves de quem, os cidadãos esperam demissão, segundo opiniões de entendedores da matéria.

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