Caso SME: recrutas reprovados acusam ministro do interior de ter mentido a opinião pública

administrador
By administrador

Os mais de 2.000 (dois mil) alistados do Serviço de Migração e Estrangeiros, e que frequentaram o curso básico daquele órgão afecto ao ministério do interior, cujo curso foi suspenso quando faltam quatro dias para o encerramento, e agora reprovados pela direcção do SME, continuam a lançar gritos de socorro, na esperança de ver o problema resolvido com a maior justiça possível.

Desta vez, as reclamações constantes de uma carta aberta a que “o protagonista teve acesso”, são dirigidas a entidades cuja actividade concorre na segurança pública, mormente a Presidente da Assembleia Nacional, os Ministros da Defesa Nacional, Justiça e Direitos Humanos, ao ⁠Provedor de Justiça e outras cujo raio de acção tem responsabilidades nestas matérias.

A carta começa por apresentar ao que chamam “indignação”. “Vimos por essa via expressar o nosso desagrado com relação a humilhação e torturas psicóloga a que estamos submetidos pela Direcção do SME, SINSE e o Sr. Ministro do Interior, Dr. Manuel da Conceição Homem.

Muito de nós que fizemos parte do pessoal não apurado tivemos notas excelentes, fizemos os testes médicos e fomos aprovados. O senhor Ministro do Interior, sua Excelência Manuel Homem aquando da sua entrevista na Televisão Pública de Angola (TPA) fez saber que o curso teria sido suspenso para aferir irregularidades no processo tais como, indivíduos estrangeiros que frequentavam a formação; pessoal com cadastro criminal e até outros que eventualmente tenham falsificado documentos para ingressar ao SME, e que os mesmos prevaricadores seriam apresentados e responsabilizados. Sobre isso estamos de acordo”, pode ler-se.

A carta refere que os recrutas acreditaram nas palavras do Ministro do Interior quando se referiu aos requisitos que seriam valorizados no processo de apuramento. Porém, na prática, referem, o cenário foi diferente.

“Nós cientes de que não procedemos tais práticas acreditamos nas palavras do senhor Ministro de que todos aqueles que reuniam os perfis exigidos pelo ministério do interior e pelos estatutos do SME voltaríamos brevemente para a formação, levamos em consideração todos os procedimentos levados em conta para que se encontrasse os irregulares”.

Os ovéns lamentam, por isto, pois, argumentam, que passaram muitas dificuldades durante a formação de pouco mais de cinco meses, pelo que não entendem a decisão do ministro que afastou jovens com menos de trinta anos, frequência universitária e com notas acima de doze valores no teste de ortografia, o mais importante da língua portuguesa.  

“Só nós sabemos o que passamos nesse período de formação, colegas perderam a vida nesse curso, perdemos instrutores, houve colegas que perderam tudo por conta de um incêndio que houve na escola do autódromo sem merecerem o apoio da Direcção do SME, todos nós instruendos nos esforçamos o bastante para fazer parte dessa equipa que vai agora encerrar o curso. Muitos de nós abandonamos tudo para poder fazer parte desta formação, abandonamos empregos, família, estudos e até os lares para poder ingressar ao serviço de migração e estrangeiros, estamos aqui a pedir o bom senso de Vossas Excelências no sentido de aconselhar o Sr Ministro do interior Manuel da Conceição Homem e os Senhores Generais Miala e Furtado que o suportam, que olhe por todos nós, somos todos filhos dessa pátria que tanto amamos e todos nós sofremos do mesmo jeito, não é justo entrarem uns e outros ficarem de fora”, rematam.

Share This Article