Contrariamente ao que todo o mundo pensava e ao que seria o normal em situações do género, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, reconduziu José Nuno Leiria no cargo de PCA da Administração Geral Tributária (AGT), e decidiu aumentar o número de administradores da instituição.
À semelhança de José Nuno Leiria, Vera Daves reconduziu, também, à luz do Despacho Ministerial n.º 1291/25, de 10 de Março, Leonildo Lourenço Manuel.
O facto levantou na sociedade angolana descontentamentos, já que a recondução dos responsáveis da AGT mostram que a ministra das finanças está satisfeita com os desvios milionários ocorridos naquela instituição, avaliados em mais de sete mil milhões de kwanzas, numa clara demonstração de mau trabalho da direcção que conduziu os destinos do órgão.
A Administração Geral Tributária entrou neste ano envolvida em escândalos financeiros que terão defraudado os cofres públicos em 7 mil milhões de Kwanzas em supostos esquemas no pagamento de IVA. Por conta destes alegados desvios, quadros da entidade tributária, que ocupavam funções de direcção, acabaram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), cujo processo está em instrução preparatória.
Especialistas de recursos humanos ouvidos pelo “O Protagonista” disseram que a recondução do jovem PCA da AGT por parte da ministra é, na prática, um prémio dado pelo ocorrido, já que a recondução de um dirigente ao cargo que ocupa tem como justificativa única e exclusiva o reconhecimento do bom desempenho demonstrado durante o período em avaliação.
Caso para se dizer que, em Angola há falhas que promovem!