Fantasmas e lulas do Governador do Uíge diante da sua inoperância político-administrativa

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Por: Muanza Florentino

O Governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, no cargo há, mais ou menos, cinco anos, nomeado a 23 de Outubro de 2020, por força do falecimento do, até então, número um desta parcela do território nacional, Sérgio Luther Rescova e a vice-governadora, Maria Fernanda Cavungo, esta última que esteve interina desde 16 de Outubro do mesmo ano, tem estado a virar-se de forma anormal, a olhar pela sua idade, nível académico e os anos que está na alta política, ao serviço dos camaradas.

A enfrentar uma contestação interna (no seio do partido aqui no Uíge, bem como, na sociedade em geral), fruto da sua inoperância administrativa e política, que pode ser vista por qualquer um que viva nesta urbe, o Governador empolgou agora numa estratégia de um político, verdadeiramente, amador e mal aconselhado;

Encomendar inverdades publicadas em páginas geridas por gente cobarde que, há anos, espalha veneno, aqui e acolá, com patrocínio de políticos e outras esferas da sociedade do calibre de José da Rocha!

As publicações que têm sido feitas numa determinada página, com nomes e figuras da sociedade do Uíge, como sendo aqueles que lideram o que ele mesmo chama de “campanha anti Rocha” que visa pressionar o Presidente da República a exonera-lo do cargo, demonstra, evidentemente, a forma “inexperiente e amadora” como um governador provincial, incluindo o seu “staff”, que até já foi ministro, lida com a falta de popularidade, como consequência do seu “fazer nada” em prol da população, durante o tempo que comanda as terras do bago vermelho.

Nas listas divulgadas a seu pedido ou sob sua observação, notam-se nomes de jornalistas, políticos do seu partido, membros da sociedade civil, estudantes e outras individualidades que, no seu entender, estariam a remar contra a maré. Ou seja, os que contestam a sua governação.

Mais grave do que a exposição de nomes de pessoas inocentes ao que considera conspiração é o facto de estar a alimentar, consciente ou inconscientemente páginas que, como sabemos, não têm o mínimo de credibilidade, ética e profissionalismo, para além de cobrarem dinheiro para o efeito, por via de levantamentos sem cartões, o que, por si só, e pelo nível da individualidade, deixa muito a desejar.

A título de exemplo, na sua baixa e carente última “ofensiva” o governo do Uíge mandou publicar nesta terça-feira, 6, na predileta página do Facebook, a que tem recorrido nos últimos dias, um jovem que, pelas mãos de José da Rocha tem estado a sofrer todos os escárnios possíveis, entre exoneração a cargo de segundo secretário do MPLA no Uíge, funcionário sénior de um dos notários e colocados como um simples recepcionista daquela instituição, mesmo com as competências técnicas comprovadas pelo Paulo Pombolo e Luther Rescova que ascenderam o jovem aos cargos de responsável da JMPLA no Uíge e segundo secretário dos camaradas nesta província que o levou ao parlamento na lista provincial.

Esta estratégia do governador mostra que, de facto, o homem está rodeado de gente que politicamente não percebe, pois, combater jornalistas, militantes e jovens da sociedade civil pelo simples facto de estar a ser contestado não resolve o problema. O que resolve, isto, sim, é resolver os principais problemas da população.

Não é normal que o governador não tenha sido capaz de, em cinco anos, convencer o governo central a realizar o sonho dos uigenses que vivem nos Buengas, Macocola, Quimbele e outras áreas em ver as vias de comunicação sem os velhos problemas deixados pelo colono que, desde que foi, já vamos a cinquenta anos.

Não é normal que, em cinco anos, o governador não tenha tido capacidade de concluir, no mínimo, os projectos iniciados pelo seu antecessor, nomeadamente o de pintura dos edifícios da cidade, vias primárias e secundárias, só para citar o mais simples.

Esta inação, a falta de capacidade para resolver problemas básicos é e deve ser o principal problema que deve dominar as reuniões do governador e não perder tempo em fazer listas de “inimigos”, gastar dinheiro do erário para mandar em páginas que, em principio, sabemos todos que as mesmas foram lá parar com a sua autorização.

Governar é resolver os problemas e não os criar…

Infelizmente, o camarada Rocha só os está a criar para si mesmo e seu partido!

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